A partir desta quinta-feira (29), o governo brasileiro aumentará os tributos federais sobre a gasolina e o etanol, de acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) e o Instituto Combustível Legal (ICL).

A tributação será elevada em R$ 0,34 por litro para a gasolina e R$ 0,22 por litro para o etanol, conforme informações fornecidas pela Abicom. Caso esse aumento seja repassado ao consumidor final, o preço desses combustíveis será impactado.

Inicialmente, a previsão era que os tributos federais subissem apenas a partir de 1º de julho, mas uma Medida Provisória que estabelecia essa data para o aumento perdeu a validade nesta quarta-feira, pois não foi votada. Isso resultou na antecipação do aumento dos tributos federais em dois dias.

Com a retomada da cobrança integral dos impostos federais, a tributação total sobre a gasolina subirá de 29%, valor atual, para 35,3% a partir de quinta-feira. Isso significa que mais de um terço do preço da gasolina será composto por tributos estaduais e federais.

No caso do etanol, o peso dos tributos aumentará de 12,9% para 18,8%, conforme informado pelo Instituto Combustível Legal (ICL), com base no valor dos combustíveis em 17 de junho.

Essa elevação na carga tributária dos combustíveis preocupa consumidores e especialistas do setor. O aumento dos impostos pode resultar em um encarecimento ainda maior dos preços, afetando diretamente o bolso dos motoristas e impactando diversos setores da economia que dependem do transporte rodoviário.

Além disso, há uma preocupação com o impacto inflacionário que esse aumento nos combustíveis pode causar, uma vez que os valores mais altos dos transportes influenciam diretamente nos custos de produção e nos preços de diversos produtos e serviços.

Diante desse cenário, é esperado que haja um debate sobre a carga tributária do setor de combustíveis e possíveis medidas para mitigar os efeitos do aumento nos preços para a população e a economia como um todo.

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